The genetics of the Pig – Agroceres PIC

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Suinocultura brasileira mantém ritmo positivo com exportações recordes e margens sustentadas

A suinocultura brasileira atravessa um dos momentos mais favoráveis dos últimos anos, sustentada por oferta interna restrita e desempenho expressivo no mercado internacional. A análise é do diretor geral da Agroceres PIC, Alexandre Rosa, que apresentou dados e projeções durante o Fórum de Suinocultura da Castrolanda, realizado na 25ª Agroleite.

  • Segundo ele, a estabilidade do plantel nos últimos dois anos, associada ao avanço das exportações, reduziu a disponibilidade interna de carne suína e manteve os preços pagos ao produtor em patamares elevados. “O viés exportador segue como principal motor de sustentação do setor”, afirmou.

Os números confirmam a avaliação. No primeiro semestre de 2025, as exportações brasileiras de carne suína ultrapassaram 718 mil toneladas, gerando US$ 1,723 bilhão em faturamento, altas de 18% em volume e 32% em receita na comparação anual. O crescimento foi liderado por mercados asiáticos, como Filipinas e Japão. Em sentido oposto, a China reduziu de forma expressiva suas compras, reflexo de uma estratégia de maior autossuficiência. “Apesar disso, a diversificação de destinos compensou a menor presença chinesa e garantiu o resultado recorde”, comenta Alexandre.

Preços firmes, margens positivas

No mercado interno, os preços do suíno vivo permaneceram estáveis ao longo do semestre, porém em patamares superiores aos observados no mesmo período do ano anterior. Esse comportamento é explicado pelo equilíbrio entre oferta contida e forte demanda externa, que limita a disponibilidade para consumo doméstico.

A redução dos custos de produção também contribuiu para ampliar as margens. A queda nos preços do milho e do farelo de soja melhorou a relação de troca e reforçou a rentabilidade dos produtores. “O setor vive uma fase rara de estabilidade, com fundamentos econômicos sólidos que abrem uma janela para investimentos estratégicos”, observou Alexandre.

Para o executivo, o cenário atual oferece oportunidade para modernização e fortalecimento da base produtiva. Investimentos em tecnologia genética, sanidade e gestão, disse ele, serão determinantes para sustentar ganhos de produtividade e competitividade no longo prazo.

As projeções para o segundo semestre indicam continuidade de preços firmes e margens positivas, ancoradas por oferta estável e demanda externa aquecida. O desafio, segundo Alexandre, é aproveitar o atual ciclo favorável para modernizar estruturas e preparar o setor para um ambiente global cada vez mais desafiador e competitivo.

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