The genetics of the Pig – Agroceres PIC

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A visão computacional já é realidade na suinocultura e o futuro promete ainda mais

IA e visão computadorizada transformam imagens em dados objetivos, otimizam o melhoramento genético e abrem caminho para inovações que vão além da genética.

A revolução digital avança na suinocultura. A visão computacional, campo da inteligência artificial que permite que máquinas “enxerguem” e interpretem o mundo, utilizando algoritmos para processar e analisar imagens, já ocupa papel central no melhoramento genético suíno.

Em sua palestra no Seminário Executivo PIC LATAM, Justin Holl, Diretor de Desenvolvimento de Produtos da PIC, apresentou como a inteligência artificial e os sistemas de imagem estão redefinindo a avaliação e seleção genética dos animais.

Da pesquisa à aplicação

Desde os primeiros estudos feitos pela PIC em 2018, até as provas de conceito de 2022 para avaliação estrutural e predição de longevidade, a tecnologia chegou, em 2025, a mais de 400 mil suínos avaliados digitalmente – o equivalente a 1.460 quilômetros de animais caminhando diante das câmeras. Um salto de precisão que assegura qualidade e sustenta a evolução genética contínua. “Cada movimento, ângulo e traço é traduzido em dados objetivos, um salto de precisão que transforma um processo antes baseado em observações humanas em um sistema de análise altamente confiável”, afirma Holl.

O grande benefício, segundo Holl, está em converter dados subjetivos em informações precisas e mensuráveis. “O uso de algoritmos de visão computacional permite identificar padrões e prever características como estrutura óssea, conformação corporal e longevidade das fêmeas, ampliando a capacidade de selecionar animais com maior potencial genético e produtivo”, explica.

I.A. e o futuro da produção animal

De acordo com Holl, os dispositivos digitais abrem um universo de oportunidades que vai muito além da avaliação genética. Entre elas estão o monitoramento de saúde animal, a detecção precoce de doenças, o aprimoramento do bem-estar, a otimização da ventilação e do comportamento e a prevenção de vícios comportamentais.

Também ganham destaque a gestão alimentar e hídrica mais eficiente, a alimentação personalizada, a melhoria do desempenho laboral e o fortalecimento da rastreabilidade e do cumprimento de protocolos sanitários. Como destacou Holl, “podem existir oportunidades que hoje nem sequer imaginamos” e é exatamente nesse horizonte que a PIC pretende continuar inovando.

Uma mostra disso é que a inteligência artificial começa a se expandir para áreas antes restritas à biotecnologia. Um exemplo é o AlphaFold, sistema capaz de prever, com alta precisão, a estrutura tridimensional das proteínas a partir de suas sequências genéticas.

Com o uso desse tipo de modelo, pesquisadores conseguem interpretar proteínas derivadas do genoma suíno, acelerando a identificação de variantes genéticas associadas ao crescimento, à fertilidade e à resiliência. Essa integração entre genômica, química e biologia computacional abre novas possibilidades para avanços em saúde intestinal, nutrição e sustentabilidade ambiental, além de transformar o desenvolvimento de fármacos e soluções nutricionais personalizadas.

Na visão de Holl, a inteligência artificial já é parte do presente e também o caminho para o futuro.

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